Athos Bulcão
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em 1918, Athos passou sua infância em Teresópolis. Perdeu a mãe, antes dos cinco anos e foi criado com seu pai, entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão mais velho, e com suas irmãs adolescentes, que substituíram a mãe.
Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que freqüenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.Palácio do Itamaraty |
Clube do Congresso |
Aeroporto de Brasília |
Eu só posso dizer que a sua obra é linda, e enche de cor as paredes de concreto do modernismo.
Sou apaixonada e sonho em ter uma parede na minha casa, nem que seja com azulejos emoldurados como um quadro. Para mim, um dos maiores artistas plásticos brasileiros.
Câmara dos Deputados - Salão Verde |
IDA - UNB |
As informações e fotos fora retiradas do site da Fundação Athos Bulcão, onde vocês podem ver um pouco mais sobre a sua obra e também adquirir produtos na loja virtual.
Parque da Cidade |
Sarah Kubitschek |
Igrejinha |
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