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Quadro ou Azulejo?

14 de junho de 2011
Acho que até demorei muito tempo para falar disso aqui no blog, visto que sou fã e sonho em ter uma paredinha na minha casa. Mas vamos direto ao assunto, porque hoje eu quero falar de um dos meus artistas plásticos preferidos...

Athos Bulcão
Nascido no Catete, Rio de Janeiro, em  1918, Athos passou sua infância em Teresópolis. Perdeu a mãe, antes dos cinco anos e foi criado com seu pai,  entusiasta da siderurgia, amigo e sócio de Monteiro Lobato, com o irmão mais velho, e com suas irmãs adolescentes, que substituíram a mãe.
Athos aos quatro anos ouvia Caruso no gramofone, e ensaiava desenhos sem, no entanto, chamar a atenção da família. Chegou às artes graças a uma série de acidentais e providenciais lances do acaso.
Athos foi amigo de alguns dos mais importantes artistas brasileiros modernos, os maiores responsáveis por sua formação. Carlos Scliar, Jorge Amado, Pancetti, Enrico Bianco - que o apresentou a Burle Marx -, Milton Dacosta, Vinicius de Moraes, Fernando Sabino, Paulo Mendes Campos, Ceschiatti, Manuel Bandeira entre outros.
Aos 21 anos, os amigos o apresentaram a Portinari, com quem trabalhou como assistente no Mural de São Francisco de Assis na Pampulha e aprendeu muitas lições importantes sobre desenhos e cores. Antes de pintar, planejava as cores que usaria e acredita fervorosamente que o artista tem de saber o que quer fazer. Athos não acredita em inspiração. Para ele, o que existe é o talento e muito trabalho. "Arte é cosa mentale", diz, citando Leonardo da Vinci.
A trajetória artística de Athos Bulcão é especialmente consagrada ao público em geral. Não ao que freqüenta museus e galerias, mas ao que entra acidentalmente em contato com sua obra, quando passa para ir ao trabalho, à escola ou simplesmente passeia pela cidade, impregnada pela sua obra, que "realça" o concreto da arquitetura de Brasília.
Como diria o arquiteto e amigo pessoal, João Filgueiras Lima, o Lelé, "como pensar o Teatro Nacional sem os relevos admiráveis que revestem as duas empenas do edifício, ou o espaço magnífico do salão do Itamaraty sem suas treliças coloridas?", difícil imaginar. Athos é o artista de Brasília. As obras que aqui realizou foram feitas para o convívio com a população e carregam a consideração por esta cidade e seus habitantes.
Athos Bulcão estava em tratamento contra o Mal de Parkinson desde 1991 no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília. Faleceu após uma parada cardiorespiratória no dia 31 de julho de 2008, aos 90 anos.

Palácio do Itamaraty

Clube do Congresso

Aeroporto de Brasília


Eu só posso dizer que a sua obra é linda, e enche de cor as paredes de concreto do modernismo.
Sou apaixonada e sonho em ter uma parede na minha casa, nem que seja com azulejos emoldurados como um quadro. Para mim, um dos maiores artistas plásticos brasileiros.

Câmara dos Deputados - Salão Verde

IDA - UNB

As informações e fotos fora retiradas do site da Fundação Athos Bulcão, onde vocês podem ver um pouco mais sobre a sua obra e também adquirir produtos na loja virtual.

Parque da Cidade

Sarah Kubitschek

Igrejinha



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